quinta-feira, 10 de março de 2011

O teatro paraense tem encontro marcado neste final de semana

O Fórum Livre Permanente de Teatro do Pará torna concreta a realização dos Encontro Municipal de Teatro de Belém e Congresso Estadual de Teatro do Pará, que acontecerão neste final de semana, 11, 12 e 13 de março, no Instituto de Artes do Pará - IAP (ao lado da Basílica de Nazaré, em Belém).

Pessoas do teatro em Belém e de vários municípios estão mobilizados e já confirmaram a participação. O encontro pretende ser um marco histórico, juntando FESAT, FACES, ATAS, Rede Teatro da Floresta, Movimento Briga Teatro e muitos grupos e fazedores empenhados no fortalecimento e valorização da atividade teatral do Pará para discussão de assuntos comuns a todos.

O ato empenhará sedimentação e firmeza às proposições para as políticas públicas para o teatro na cidade de Belém e no Estado todo. Os encontros também são preparatórios para a participação de representantes paraenses no Congresso Brasileiro, que acontecerá nos dias 26 e 27 de março, em Osasco-SP, onde serão discutidos temas que dizem respeito às políticas voltadas ao teatro em todo o país.

Os interessados em participar dos encontros em Belém devem enviar um e-mail para produtorescriativos@gmail.com, solicitando a ficha de inscrição. A mesma, porém, poderá ser preenchida na sexta-feira, 11, quando iniciam os trabalhos. Na programação pretende-se discutir propostas para uma política cultural voltada ao teatro em Belém e no Estado, por meio de Planos Municipal e estadual de Teatro. 

Para Belém, entre outras sugestões de adoção imediata está a reestruturação do Conselho Municipal de Cultura, de acordo com o proposto no Sistema Nacional de Cultura. Outra sugestão será a criação de Edital para Circulação de espetáculos de Teatro pelas sedes públicas da Cidade de Belém. Para o Estado, entre outras ações urgentes está a reestruturação do Sistema Integrado de Teatros, de acordo com o proposto no Plano Estadual de Cultura.

Fórum Livre - O Fórum Livre Permanente de Teatro do Pará, entidade que está na organização do evento deste final de semana, foi criado em janeiro de 2010, e agrega trabalhadores-artistas que se empenham pela valorização e fortalecimento da linguagem teatral.

Já estiveram nos encontros presenciais do fórum, que também se articula através de rede social, representantes dos grupos In Bust Teatro com Bonecos, Grupo de Experimentação em Teatro em Miniatura, Cia. Teatral Fênix, Amazônia Imaginária, Usina Contemporânea de Teatro, Notáveis Clowns, Cia Theatro, Badalação Produções, Grupo Flor de Liz, Cia de Teatro Madalenas, Cia. Atores Contemporâneos, Intimídia, Grupo Experiência, Cia. Em Cores, Grupo Anthares, Desabusados Cia., Cia. Infinito de Arte, A TRAMA, Palhaços Trovadores, Federação de Atores, Autores e Técnicos de Teatro, Movimento Briga Teatro, Rede Teatro da Floresta e diversos artistas teatrais independentes.

PROGRAMAÇÃO

DIA 11.03 (sexta) - ENCONTRO MUNICIPAL

1. REGISTRO DE PRESENÇA. 14:00 ás 15:00h
2. ABERTURA. 15:00 ás 16: 30h
- MESA : “Utilização dos Espaços Públicos” e “Visão Municipal das Políticas Publicas para o teatro”
3. DINAMICA PARA DEFINICAO DOS TEMAS DOS GT´s. 16:30 ás 16:50h
- Utilização dos Espaços Públicos
- Políticas Publicas para o teatro / Teatro Para a Cidade de Belém
- o que mais surgir como proposta
4. INTERVALO (20 a 30 minutos). 16:50 ás 17:20h
- momento para os participantes expressarem em qual dos GTs desejam ficar.
5. GT´s : DISCUSSÃO E RELATÓRIO. 17:20 ás 18: 50h
6. PLENÁRIA. 19:00 ás 20:00h
7. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES

DIA 12.03 (sábado)- CONGRESSO ESTADUAL

1. REGISTRO DE PRESENÇA. 10:30h ás 12:00h
2. ALMOÇO. 12:00 ás 13:00h
Será servido no IAP, com tickets para os participantes dos municípios do interior.
3. ABERTURA. 14:00 ás 15:30h
- MESA : Panorama do Teatro no Estado será abordado por dois convidados:
- Heitor Pinheiro: falara sobre o IAP e nova organização do estado.
- Delson Cruz ou representante da Funarte (a confirmar): Visão da situação atual dos estados da região norte
em relação a União, Ministério e Sociedade Civil.
4. DINAMICA PARA DEFINIÇÃO DOS TEMAS DOS GT´s. 15:30 á 15:50h
- Plano Estadual de Teatro
- Plano Setorial de Teatro
- Editais
- Utilização dos Espaços Públicos
- O que surgir
5. INTERVALO (20 a 30 minutos). 15:50 á 16:20h
- momento para os participantes expressarem em qual dos GTs desejam ficar.
6. GT´s : DISCUSSÃO E RELATÓRIO. 16:20 á 17:50h
7. PLENÁRIA. 18:00 á 19:00h
8. JANTAR. 19:00h
Será servido no IAP, com tickets para os participantes dos municípios do interior.

DIA 13.03 (domingo) - CONGRESSO ESTADUAL - Cont.

1. RETOMADA DAS ATIVIDADES. Boas Vindas; Resumo de atividades do dia anterior, Explicação da programação do dia. 9:30h á 10:00
2. INTERVALO (20 a 30 minutos). 10:00 á 10:30h
- momento dos participantes expressar em qual dos GTs desejam ficar.
3. GT´s : DISCUSSÃO E RELATÓRIO. 10:30 á 12:00h
4. ALMOÇO. 12:00 ás 13:00h
Será servido no IAP, com tickets para os participantes dos municípios do interior.
5.. PLENÁRIA FINAL 14:00 á 16:00
6. ENCERRAMENTO DAS ATIVIDADES
7. CAFÉ DE ENCERRAMENTO

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A cultura se nutre da economia criativa

MinC: Ana de Hollanda em coletiva de imprensa
O Globo, Segundo Caderno, em 23/01/2011

Ao abrir secretaria para tratar as atividades artísticas como negócio, MinC segue um conceito que ganha força no mundo

Uma universidade na Inglaterra encontrou uma maneira simples e genial para aglomerar os alunos de seus cursos em torno de uma ideia. Na capela do campus, é possível agendar casamentos, cuja produção ficará toda a cargo dos estudantes. 

Os de gastronomia cuidam de canapés, jantar e bolos; os de moda, do vestido da noiva; os de artesanato, dos brindes para os convidados; os de cenografia, da decoração da festa; e os de fotografia e cinema fazem com que tudo isso vá parar em imagens e vídeos bem trabalhados. Ninguém sabe se a taxa de casamentos aumentou na região. Mas todos entendem que a experiência é um microcosmo das possibilidades da economia criativa.

O termo, que vem ganhando projeção no Brasil, acaba de ser alçado ao patamar de política pública nacional com a criação da Secretaria da Economia Criativa, dentro da estrutura do Ministério da Cultura. A medida foi anunciada anteontem pela ministra Ana de Hollanda, que nomeou a ex-secretária de Cultura do estado do Ceará Cláudia Leitão com a proposta de refletir sobre o potencial do setor. É, também, uma preparação para o Fórum Mundial de Economia Criativa, agendado para o fim de 2012, no Rio.

- Muita gente que trabalha na área tem o dom do empreendedorismo, mas quase ninguém se acostumou a tratar a cultura como negócio a longo prazo – diz Adriana Rattes, secretária de Cultura do estado do Rio, que introduziu, há um ano e meio, uma Coordenação de Economia Criativa em sua pasta. – O MinC está reconhecendo que, entre as várias dimensões que a cultura tem, a de gerar valor econômico para o país é extremamente relevante.

Define-se economia criativa como um conjunto de habilidades que podem ser coordenadas para a geração de riquezas e criação de empregos. A expressão surgiu na Inglaterra, há cerca de 15 anos, quando economistas se deram conta de que as atividades culturais eram as que mais cresciam. Perceberam, justamente no país da Revolução Industrial, que os produtos estavam dando lugar às ideias como moeda de troca nas sociedades contemporâneas.

- Na Inglaterra, a segunda maior renda em exportações está na música – conta José Alberto Aranha, diretor do Instituto Gênesis da PUC-Rio, uma unidade que trabalha no desenvolvimento local e na formação de empreendedores. – No Brasil, porém, a gente ainda está engatinhando. Veja a Lapa, por exemplo. Ali poderia ser um local de uma indústria criativa ótima. Se fosse feito um planejamento econômico que valorizasse as raízes culturais do bairro, você teria alguém produzindo roupas para um show, cenografia para um espetáculo e daí por diante. Poderia haver uma indústria ali.

As atividades em torno da economia criativa não se limitam a manifestações tradicionais como cinema, teatro ou música. Os entusiastas da proposta falam da produção de games, softwares educativos, design, publicidade ou moda, por exemplo, como esferas possíveis de integração.

- Quando comecei a pesquisar o conceito na Fundação Getulio Vargas, há dez anos, a gente falava de núcleos de entretenimento – diz Adriana Dias, sócia do Grupo Urca, que tem o Polo de Economia Criativa (PEC) como um de seus braços. – Hoje já temos conceitos de economia criativa gerando empregos, receitas, oportunidades e até alternativas para antigas profissões. Temos, por exemplo, o direito do entretenimento.

O PEC surgiu no meio de 2010 para desenvolver cursos e atividades que integrem diferentes áreas da cultura. O momento foi apropriado não só pelo que se tem passado no Rio, mas pelo que está por vir, já que a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 são eventos valiosos para a indústria cultural. Também se alinham com o futuro a iniciativa da secretaria de Cultura do estado em lançar um edital para o Incubadora Rio Criativo, projeto que vai selecionar participantes para duas incubadoras a serem inauguradas em abril, uma no Cais do Porto, outra na Baixada Fluminense. As inscrições terminam sexta-feira.

- É um modelo dos parques tecnológicos que vai se adaptando para o mercado cultural – diz Marcos André, coordenador de economia criativa de secretaria. – É preciso vencer um preconceito entre empreendedores e artistas que acham que planejamento é uma coisa menor.

Como exemplo de planejamento, Walkíria Barbosa, diretora do Festival do Rio e da produtora Total Entertainment, conta que empresários cariocas têm se reunido para debater a criação de uma associação de produtores de grandes eventos,
tudo em nome dessa nova economia pulsante.

- Queremos misturar os diferentes segmentos da indústria criativa. Por exemplo, o Festival do Rio poderia se integrar com o Fashion Rio, da mesma forma como o cinema pode interagir com a moda – diz Walkíria. – A iniciativa do MinC de criar uma secretaria para a área moderniza o conceito de cultura no país, olhando para ela como o processo industrial que é. É um grande passo para a cultura brasileira.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

À Sombra de Dom Quixote, mais uma parceria!


À Sombra de Dom Quixote é uma livre inspiração em teatro de sombras a partir da obra de Cervantes. No espetáculo não se aborda as narrativas tal qual escritas no romance “Dom Quixote de La Mancha”, mas, uma fabulação contemporânea análoga à realidade fantástica de certos Quixotes, cavaleiros de tristes figuras que encontramos em nossos caminhos.

Abre-se a história com a suposta morte ou desaparecimento de um Sr. Quixote, que habitava às margens de um rio, numa zona periférica de uma urbana Belém. E as únicas heranças são cartas que foram deixadas para traz. Esse acontecimento dispara uma profusão de situações reais e/ou imaginárias que se revelam, entre a terra e a água, a cada carta avivada.

O espetáculo é uma criação do coletivo MIASOMBRA, artistas de diversos grupos de Belém, reunidos com o interesse comum em investigar o teatro de sombras como matéria prima de expressão cênica. Realizado com patrocínio do Prêmio Funarte de Teatro Myriam Munis – 2009; em parceria com: Studio REATOR, INTIMIDIA, Usina Contemporânea de Teatro, Companhia de Investigação Cênica e PRODUTORES CRIATIVOS.



FICHA TÉCNICA:

Atores sombristas: Lucas Alberto, Márcia Lima e Milton Aires
Roteiro e criação: Coletivo MIASOMBRA
Direção: David Matos e Maurício Franco
Dramaturgista: David Matos
Direção de arte: Maurício Franco
Sonoplastia: Leo Bitar
Iluminação e operação técnica: Thiago Ferradaes
Costureira: Cláudia Silveira
Produção: Leny Monteiro
Assessoria de Imprensa e fotos: Luciana Medeiros
Coordenação de produção: Milton Aires
Consultoria artística de design gráfico: Nando Lima

Condução dos Laboratórios:

Aníbal Pacha – Teatro de formas animadas em sombras
David Matos – Dramaturgia da imagem no Teatro de sombras
Iara Souza – Dramaturgia da luz para o Teatro de sombras

Agradecimentos:

In Bust teatro com bonecos – Entreatos Cia. de Arte – Andrea Rocha - Andreia Rezende - Cristina Costa - Evanha Vieira - Juliana Abramides - Marina Mota - Walter Freitas - Marcelo Rodrigues - Ester Sá - Jhonny Russel - Vandileia Foro - Jaqueline Souza – Sonia Lopes – Patricia Gondin – Emanuelle Rabelo – Tatiana Cunha – Manuel Santos – Telma Lima

Local: REATOR – travessa 14 de Abril nº 1053 – entre Av. Governador José Malcher e Av. Magalhães Barata

Datas: 29, 30 de Janeiro e 05,06 de Fevereiro

Hora: 20:30